A próstata é um órgão importantíssimo no funcionamento e manutenção do corpo masculino, afirma o Dr. Marco Antonio Quesada Ribeiro Fortes (médico urologista) em entrevista concedida à nossa redação sobre os efeitos colaterais da prostatectomia radical.
Em primeiro lugar, como dito, a próstata detém a função importantíssima de produzir um líquido alcalino repleto de nutrientes contendo sais e enzimas, os quais possuem a função de proteger e nutrir os espermatozoides. Constituindo, assim, cerca de 10% a 20% do sêmen.
A prostatectomia radical consiste na realização de um procedimento cirúrgico para o tratamento de um paciente que possui um câncer de próstata de caráter localizado, ou seja, não há sinais de metástase e o câncer está alojado dentro da cápsula prostática. Contudo, é necessário retirar a próstata do homem como forma de barrar o avanço da doença.
É necessário realizar inúmeros exames e consultas médicas, a partir desse acompanhamento o médico direciona o melhor tratamento para o paciente, avulta o Dr. Marco Antonio Quesada Ribeiro Fortes, mestre e doutor em urologia pela Universidade de São Paulo e co-autor do livro Urologia Minimamente Invasiva.
A prostatectomia radical é um procedimento cirúrgico acerca do tratamento do câncer de próstata e os principais efeitos colaterais são a impotência sexual e a incontinência urinária, contudo, outros efeitos colaterais não estão imunes de surgir e podem aparecer após a cirurgia.
O Dr. Marco Antonio Quesada Ribeiro Fortes comenta que é necessário manter um acompanhamento constante e sincrônico com o médico responsável para que se tenha a melhor recuperação e tratamento da doença. Uma vez que toda cirurgia tem seus riscos e consequências, o grau de riscos aumenta se não houver um cuidado preciso e cauteloso na região, por isso, é necessário manter uma rotina de repouso e manter as prescrições médicas.
Outros efeitos colaterais após a cirurgia: infertilidade e alterações no que tange o orgasmo masculino, além disso, pode ocorrer o aparecimento de linfedemas e hérnia inguinal, bem como uma alteração no tamanho do pênis, uma vez que a uretra é diminuída. Contudo, o surgimento dessas complicações não é tão frequente quanto incontinência urinária e disfunção erétil. Vale ressaltar que um tratamento é realizado para solucionar esses impasses.