Rafael Libman comenta sobre o livro Flores para Algernon

Ernesto Matalon
Rafael Libman

Com o advento da tecnologia, os livros físicos transitaram para as telas dos leitores, seja
num tablet, Kindle ou celular, por esse motivo, mais pessoas têm acesso à leitura pela
facilidade que a tecnologia proporciona à sociedade. A leitura também se tornou algo
necessário, tendo em vista a importância dela no que tange à saúde mental das pessoas.
Os leitores leem para imaginar, para fugirem de sua realidade. A leitura como forma de
escapismo e movimento pró saúde, a leitura é essencial na vida das pessoas, conta Rafael
Libman.
Continuamente, acerca da literatura na vida das pessoas, um tema que tem feito sucesso
nas livrarias é o de ficção científica. Um exemplar que arranca suspiros e emoções é o
Flores para Algernon, de Daniel Keys. A obra foi publicada em 1966 e ainda sim é
contemporânea, visto sua característica de ser uma obra atemporal.
O enredo perpassa a história de Charlie, uma pessoa considerada burra e ingênua que se
submete a um tratamento a fim de aumentar seu QI. Ao longo da narrativa é possível
identificar o desenvolvimento de Charlie. Formado por relatos, em seu início o livro contém
inúmeros erros ortográficos e de concordância, com o tratamento e consequentemente a
evolução da personagem, ao passar das páginas há um homem culto e educado
protagonizando a história. A evolução de Charlie é algo incrível, o leitor acompanha todo o
processo, relata Libman.
O livro é uma primazia de Keys. Complexo e intrigante, Flores para Algernon puxa o leitor a
uma realidade completamente diferente, jamais antes vista. Além disso, não é nada
superficial, pelo contrário, o enredo não se baseia apenas no nível baixo de QI de Charlie;
mostra e desconstrói inúmeras camadas contidas no protagonista, fazendo com que o livro
se torne algo denso e perturbador.
A ficção científica é uma ferramenta poderosa. É capaz de transportar o leitor a outra
realidade, totalmente imbuídos pela história. Por mais que haja estudiosos que consideram
essa sensibilidade e instabilidade do leitor em relação ao livro como uma ingenuidade, é
inegável todos os sentimentos e sensações propiciados pelo exemplar. É impossível não se
comover e sentir pela personagem, conta Rafael Libman.

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