O Doutor Marco Antonio Quesada Ribeiro Fortes é médico urologista, graduado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e doutorado pela Universidade Federal de São Paulo. Atualmente exerce a função de cirurgião geral, com especialidade em prostatectomia robótica, uma cirurgia minimamente invasiva, contra a cura do câncer de próstata. Com mais de 20 anos de experiência na área, o especialista explica como funciona o transplante de rins e quando é preciso de um.
O transplante é uma opção de tratamento para pacientes que sofrem de alguma comorbidade crônica e avançada. Os rins têm a principal função de filtrar o sangue e retirar as impurezas que são produzidas diariamente no organismo. Essas impurezas são eliminadas através da urina, então se o rim de uma pessoa tiver alguma dificuldade ou parar de funcionar, ela necessitará de diálise e, se não funcionar, de transplante de rim.
O Mestre e Doutor em urologia Marco Antonio Quesada Ribeiro Fortes diz que o transplante de rim oferece aos pacientes em diálise uma maior e melhor qualidade de vida, podendo até diminuir os riscos de mortalidade, dando de volta a capacidade de voltar a ter uma dieta normal, beber líquidos normalmente e exercer atividades comuns, como trabalhar, estudar, viajar e praticar exercícios. Entretanto, o paciente passa a ter necessidade de medicamentos controlados até com o horário de toma-los e consultas médicas com exames frequentemente.
A indicação para o transplante é feita por um médico nefrologista que avalia o paciente com doença renal crônica. A cirurgia dura em média de três a quatro horas e consiste em implantar um novo rim na região do abdômen, unindo os vasos sanguíneos do receptor ao órgão doado. Além disso, a implementação também ocorre no ureter – estrutura que leva a urina do rim para a bexiga – do novo rim para a bexiga do paciente. Os rins da pessoa não são retirados, portanto ela fica com três, mas somente o transplantado funciona.
Hoje em dia há duas opções de doação: vivos e falecidos. O Doutor Marco Antonio Quesada Ribeiro Fortes diz que a melhor opção é o de pessoas vivas, devido ao melhor planejamento e compatibilidade, mas, infelizmente, são poucos órgãos para muitas pessoas. A espera do transplante ocorre em uma fila, onde o beneficiado tem preferência por compatibilidade e tempo de espera.