Doutor Marco Antonio Quesada Ribeiro Fortes fala sobre a cirurgia robótica no Brasil

Ernesto Matalon

A cirurgia robótica está em constante expansão no Brasil. O Doutor Marco Antonio Quesada Ribeiro Fortes explica que a cirurgia é minimamente invasiva, realizada através dos procedimentos laparoscópicos clássicos, e tem mostrado vantagens indiscutíveis. Em tese, a plataforma robótica maximiza as vantagens da cirurgia laparoscópica, permitindo, simultaneamente, que procedimentos mais complexos realizados por técnicas convencionais e de difícil repetição laparoscópica possam ser executados com total segurança.

O câncer de próstata é a segunda doença maligna mais frequente em homens no mundo todo, perdendo apenas para o câncer de pele. Estima-se que 1.300.000 casos novos são diagnosticados todos os anos no mundo. No Brasil, segundo dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer), aproximadamente 65.840 casos ocorreram em 2020. Para tratar da doença, alguns tratamentos como a radioterapia e a prostatectomia radical são recomendados, porém, a cirurgia robótica é considerada a melhor opção.

A operação é realizada através de uma pequena incisão no abdômen e uma pinça fina é introduzida através da incisão. Além do manipulador que reproduz e aumenta a amplitude de movimento da mão do cirurgião, o aparelho também utiliza uma câmera de visão 3D de alta definição. O Mestre e Doutor em urologia Marco Fortes comenta que o robô não opera sozinho, o cirurgião controla o equipamento por meio de um console de alta precisão instalado na sala de cirurgia e próximo ao paciente. Além de ser benéfico para expandir o campo de visão cirúrgico, o dispositivo também permite que o braço robótico reproduza e melhore o movimento da mão humana. Por serem mais complexas, as cirurgias robóticas também devem seguir o protocolo para verificar todos os itens de segurança aproximadamente a cada hora da cirurgia.

O menor trauma cirúrgico, resultado de mínima manipulação tecidual, mínimo trauma sobre a parede abdominal e menor perda sanguínea, possibilita então o menor tempo de internação, variando de 1 a 2 dias. Sete dias após a operação, o homem retornará para retirar o tubo de silicone colocado na uretra para promover a cicatrização. Segundo o Doutor Marco Fortes, dez dias após a operação, as atividades físicas leves (como caminhar) são liberadas. Três semanas após a operação, atividades como dirigir e exercícios moderados serão liberadas. O padrão de reabilitação depende do nível de atividade do indivíduo antes da operação e é afetado pelas características de cada indivíduo e suas condições de saúde relacionadas.

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