Conforme o médico Gustavo Khattar de Godoy, às mudanças climáticas referem-se a alterações de longo prazo nos padrões de temperatura, precipitação, ventos e outros aspectos do clima da Terra. Elas ocorrem naturalmente, mas nas últimas décadas têm sido intensificadas pelas atividades humanas, como a queima de combustíveis fósseis, o desmatamento e a agricultura intensiva. Essas alterações climáticas já estão afetando a saúde de populações em todo o mundo. Entenda!
Como o aumento das temperaturas afeta diretamente a saúde humana?
O aumento das temperaturas médias globais está associado a ondas de calor mais intensas, frequentes e prolongadas, que afetam especialmente idosos, crianças, pessoas com doenças crônicas e trabalhadores ao ar livre. Essas ondas podem causar desidratação, insolação, exaustão térmica e até morte. Além disso, o calor intenso agrava doenças cardiovasculares e respiratórias.
O doutor Gustavo Khattar de Godoy explica que em regiões urbanas, o efeito “ilha de calor” amplifica o problema, com temperaturas mais altas do que nas áreas rurais. A adaptação ao calor exige mudanças no estilo de vida, acesso a locais refrigerados e redes de apoio social — nem sempre disponíveis em comunidades vulneráveis, o que agrava as desigualdades em saúde.

Como os eventos climáticos extremos afetam a infraestrutura de saúde?
Inundações, secas, furacões e incêndios florestais são exemplos de eventos extremos que têm se tornado mais frequentes e intensos, como destaca Gustavo Khattar de Godoy. Esses fenômenos não apenas ameaçam vidas diretamente, mas também destroem infraestruturas de saúde, dificultando o acesso a serviços médicos essenciais. Hospitais podem ser danificados, sistemas de refrigeração e eletricidade podem falhar, e medicamentos vitais podem se tornar inacessíveis.
Além disso, esses eventos aumentam a demanda por atendimento médico de forma abrupta, o que pode sobrecarregar os sistemas de saúde, especialmente em países em desenvolvimento ou em comunidades mal preparadas para lidar com emergências climáticas. Embora menos visíveis, os impactos das mudanças climáticas na saúde mental são significativos. Eventos extremos como enchentes e incêndios podem provocar traumas psicológicos, ansiedade, depressão e estresse pós-traumático.
Quais são os grupos mais vulneráveis aos impactos das mudanças climáticas na saúde?
Os efeitos das mudanças climáticas não são distribuídos igualmente. Populações marginalizadas, estão mais expostas e têm menos recursos para se adaptar. A desigualdade no acesso à saúde, à moradia adequada, à informação e a serviços básicos amplifica os riscos. Portanto, enfrentar os impactos das mudanças climáticas na saúde exige políticas públicas que priorizem a equidade e a justiça climática.
No entanto, o médico Gustavo Khattar de Godoy pontua que a resposta aos desafios das mudanças climáticas passa por ações coordenadas entre governos, setor privado, sociedade civil e indivíduos. Mitigar as emissões de gases de efeito estufa por meio de energias renováveis, transporte sustentável e proteção de florestas é fundamental. Ao mesmo tempo, é preciso investir em adaptação: fortalecer sistemas de saúde, melhorar a vigilância epidemiológica e educar a população sobre riscos climáticos.
Em suma, para o doutor Gustavo Khattar de Godoy, a saúde deve estar no centro das decisões climáticas, pois um ambiente saudável é a base para uma vida saudável. Ao agir agora, podemos proteger não apenas o planeta, mas também o bem-estar das gerações presentes e futuras.
Autor: Svetlana Galina