Conforme expõe o especialista Carlos Eduardo Rosalba Padilha, o valuation é uma das etapas mais relevantes em processos de compra, venda ou captação de recursos para empresas. Ele fornece uma estimativa do valor justo do negócio, servindo como base para negociações estratégicas. Erros nessa avaliação podem gerar prejuízos expressivos, seja por superestimar a empresa e afastar investidores, seja por subestimá-la e comprometer a rentabilidade da operação.
Cometer falhas no valuation é mais comum do que parece, especialmente quando não há metodologia clara ou quando fatores subjetivos pesam mais do que dados concretos. Por isso, conhecer as armadilhas mais frequentes e adotar práticas para evitá-las é essencial para garantir transparência e credibilidade. Dessa forma, empresários e investidores podem tomar decisões mais assertivas, alinhadas à realidade do mercado e ao potencial de crescimento da empresa avaliada. Leia mais aqui:
Erros comuns no valuation: superestimação baseada em projeções irreais
Um dos erros mais recorrentes no valuation é a utilização de projeções excessivamente otimistas, que não condizem com a realidade do mercado ou com a capacidade operacional da empresa. Essa prática leva a avaliações infladas, que criam expectativas irreais e podem frustrar negociações. A falta de prudência ao projetar receitas, margens e crescimento futuro compromete a credibilidade do processo.
De acordo com Carlos Padilha, a chave para evitar esse erro está em adotar premissas conservadoras e fundamentadas em dados históricos, tendências setoriais e cenários econômicos plausíveis. Trabalhar com diferentes hipóteses, incluindo análises de sensibilidade e cenários pessimistas, fortalece a precisão da avaliação. Assim, é possível apresentar um valuation mais equilibrado, que inspire confiança nos investidores e evite surpresas negativas.
Ignorar variáveis externas e riscos de mercado
Outro equívoco frequente é desconsiderar fatores externos que podem impactar diretamente o valor de uma empresa. Mudanças regulatórias, crises econômicas, variações cambiais e avanços tecnológicos são elementos que afetam o desempenho futuro do negócio. Ignorá-los no valuation resulta em avaliações incompletas e frágeis diante de mudanças no ambiente externo.

Dessa forma, como aponta Carlos Eduardo Rosalba Padilha, a gestão de riscos deve ser integrada ao processo de avaliação. Identificar ameaças potenciais e incorporá-las às projeções permite calcular de forma mais realista o valor do negócio. Dessa forma, a análise não se limita aos números atuais, mas abrange a capacidade da empresa de se adaptar a cenários adversos. Essa visão abrangente reforça a segurança nas negociações e evita perdas decorrentes de imprevistos.
Falta de atualização e metodologias inadequadas
O valuation também pode ser comprometido pelo uso de dados desatualizados ou pela escolha de metodologias inadequadas ao perfil da empresa. Aplicar técnicas padronizadas sem considerar as particularidades do negócio leva a resultados distorcidos. Além disso, análises basadas em balanços antigos ou em informações incompletas não refletem a realidade da organização no momento da negociação. Por isso, a atualização constante das informações e a personalização da metodologia são etapas indispensáveis.
Segundo o especialista Carlos Padilha, a escolha da metodologia deve levar em conta fatores como estágio de desenvolvimento da empresa, setor de atuação e perfil de risco. Negócios em crescimento acelerado, por exemplo, demandam modelos diferentes daqueles aplicados a empresas maduras e estáveis. Ao atualizar dados e adequar o método de avaliação, o resultado se torna mais consistente e útil para orientar decisões estratégicas.
Em suma, evitar erros comuns no valuation é essencial para garantir negociações mais justas, transparentes e alinhadas à realidade do mercado. Como destaca o especialista Carlos Eduardo Rosalba Padilha, a precisão na avaliação depende de premissas realistas, da inclusão de variáveis externas e da escolha correta de metodologias. Esses cuidados tornam o processo mais confiável e reduzem o risco de distorções que possam comprometer o futuro do negócio.
Autor: George Sergei