O Brasil registrou 709 casos de mpox, levando o Ministério da Saúde a convocar uma reunião para discutir a situação. A reunião, marcada para terça-feira, visa atualizar as recomendações e o plano de contingência para lidar com a doença no país. O ministério destacou que está monitorando a situação globalmente, em colaboração com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e outras instituições internacionais.
A OMS recentemente convocou um comitê de emergência para avaliar o surto de mpox na África e o risco de disseminação internacional. O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, destacou a preocupação com a propagação do vírus fora da República Democrática do Congo, onde as infecções têm aumentado nos últimos dois anos.
O Ministério da Saúde do Brasil informou que, apesar do aumento de casos, o risco para o país é considerado baixo no momento. Em 2024, foram registrados 16 óbitos relacionados à mpox, com o mais recente ocorrido em abril do ano passado. A vacinação contra a mpox foi realizada em 2023, durante uma emergência de saúde pública, com doses aprovadas provisoriamente pela Anvisa.
A OMS está incentivando fabricantes de vacinas a submeterem pedidos para uso emergencial, visando acelerar a disponibilidade de vacinas em situações de emergência. A autorização para uso emergencial pode facilitar o acesso a vacinas, especialmente em países de baixa renda, e permitir que organizações como a Gavi e a Unicef adquiram doses para distribuição.
A mpox é uma doença zoonótica viral, transmitida por contato com animais ou pessoas infectadas. Os sintomas incluem erupções cutâneas, febre e dores no corpo. A maioria dos pacientes se recupera em um mês, mas a doença pode ser fatal se não tratada adequadamente. Na República Democrática do Congo, a taxa de mortalidade é significativamente alta.
Em maio de 2023, a OMS declarou que a mpox não era mais uma emergência de saúde pública de importância internacional, mas ressaltou que a doença ainda representa desafios significativos. O diretor-geral da OMS enfatizou a importância de manter a capacidade de teste e resposta rápida para controlar a doença.
A mpox continua a ser uma preocupação global, especialmente para pessoas com infecção por HIV não tratada. A OMS recomenda que os países mantenham esforços de vigilância e resposta para mitigar os riscos associados à doença.