A doação de rins pode mudar a vida de alguém, e a doação de órgãos, no geral, precisa ser estimulada para salvar a vida das pessoas, afirma o Dr. Marco Antonio Quesada Ribeiro Fortes, mestre e doutor em urologia pela Universidade de São Paulo.
O processo de doação de rins possui um trâmite muito rigoroso, isso se dá para evitar fraudes e/ou comercialização de órgãos, prática proibida no Brasil. Sendo assim, são feitos processos de atos judiciários para a obtenção do aval para a realização do procedimento cirúrgico.
Exames são realizados para comprovar e atestar a compatibilidade do doador e receptor, é uma das etapas mais importantes para evitar a rejeição do corpo ao órgão transplantado, enfatiza o Dr. Marco Antonio Quesada Ribeiro Fortes, co-autor do livro Urologia Minimamente Invasiva.
Em se tratando da organização da fila de transplantes é levado em conta além do tempo de espera, a gravidade e estágio dos rins e a compatibilidade, sendo essa lista averiguada por órgãos governamentais e jurídicos que visam atestar a lisura do processo e a transparência.
Sendo assim, a realização do procedimento por parte dos familiares torna-se mais fácil em relação à autorização jurídica, a doação de órgãos para pacientes que possuem o quadro de morte cerebral ou mortos depende da autorização familiar, por fim, a doação de uma pessoa não próxima, necessita ser de forma anônima e sigilosa para que, enfatizando o Dr. Marco Antonio Quesada Ribeiro Fortes, não tenha nenhum sinal de litígio.
Como o foco do artigo é em relação à doação de órgãos em vida (se você deseja doar um rim), o médico fala sobre os procedimentos que são realizados. Em primeiro lugar, após a vontade espontânea de doar, são feitos exames para comprovar a compatibilidade do doador e do receptor do órgão.
O doador necessariamente precisa levar uma vida de forma saudável, longe de hábitos destrutivos como fumar e beber, além disso, é preciso estar cientes dos riscos e das consequências pós-cirúrgicas, por isso, há um acompanhamento de profissionais da saúde focados na psique do doador, narra o Dr. Marco Antonio Quesada Ribeiro Fortes. Além disso, o emissor que passa a ter apenas um rim precisa redobrar os cuidados com sua saúde, sendo assim, uma decisão muito bem pensada e calculada.